20 de janeiro de 2010

Quem perde é o esporte.

Queria comentar sobre o que li na matéria "Globo faz exigência para Band ter vôlei" escrita por Erich Beting, no site http://www.maquinadoesporte.com.br/ em 18/01/2010.

Hoje estréia a transmissão da Superliga de vôlei na Band. Deveríamos comemorar o espaço conquistado na mídia pelo 2º esporte mais popular do país, mas a realidade não é bem essa. Beting diz que segundo apuração feita pelo Máquina do Esporte, uma das exigências feitas pela Globo para ceder os direitos de transmissão foi Band não citar os nomes dos patrocinadores durante os jogos. Assim, as equipes são chamadas pelo nome das cidades-sede (ex: Rio de Janeiro, Osasco, Florianópolis) ou pelo nome dos clubes (ex: Pinheiros e Minas). E as empresas que investem no esporte ficam a ver navios porque suas marcas são simplesmente esquecidas.

Em junho de 2009, o Esporte Clube Pinheiros em parceria com a SKY anunciou a criação de um time de vôlei masculino. Logo de início a parceria investiu pesado e repatrious craques mundialmente conhecidos como Giba, Gustavo, Kid e Rodrigão. Antônio Moreno Neto, presidente do Pinheiros, chegou a dizer na época que "essa iniciativa é um divisor de águas para o vôlei nacional". A SKY não revelou os valores investidos.

No início de 2009, os patrocinadores Finasa, Brasil Telecom, Medley, Ulbra e Unisul abandonaram o vôlei profissional. A Unisul apontou a Globo como um dos principais motivos de sua saída. Nas transmissões o time era chamado de Joinville, e não de Tigre/Unisul/Joinville como esperavam os patrocinadores.

A emissora se defende dizendo que não menciona as marcas para ajudar o público a reconhecer a existência das fronteiras entre editorial e comercial. Desde quando a Globo se preocupa com a cultura do público?

Faço questão de citar os nomes da empresas que investem no vôlei brasileiro:

Masculino: SESI, Ulbra, SKY, Medquímica, UCS (Univ. Caxias do Sul), Vivo, Soya, Cimed, Funvic/Uptime e UPIS-Faculdades Integradas/DF.

Feminino: Sollys (Nestlé), Blausiegel, Unilever, Banana Boat, Usiminas, Banco BMG e Mackenzie.

Resta saber até quando essas empresas vão se manter no esporte, enquanto a Rede Globo (que se diz parceira do esporte brasileiro) ainda pensa apenas nos seus próprios interesses. Depois somos obrigados a aturar milhões de exibição da comemoração pela conquista da realização das Olimpíadas de 2016.

Bola fora para a Rede Globo!

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